O caso de Raoul Gustaf Wallenberg é um dos mais enigmáticos, apaixonantes e heróicos dos conturbados últimos dias da Segunda Guerra Mundial. Diplomata sueco em Budapeste, Wallenberg arriscou a vida a salvar judeus do Holocausto; depois desapareceu em circunstâncias que, até hoje, continuam por explicar. Na capital húngara, como diplomata de um país neutro, Wallenberg criou um sistema de passaportes temporários, que atribuía cidadania sueca provisória a quem dela precisasse, e deu abrigo a milhares de judeus em fuga dos nazis. Detido pelas autoridades soviéticas, em janeiro de 1945, Wallenberg jamais voltaria a ser visto. O que aconteceu ao sueco assim que os alemães foram expulsos de Budapeste e os russos assumiram o poder? Para tentar responder à pergunta, a autora e jornalista Ingrid Carlberg recorreu a arquivos oficiais de vários países, consultou vasta documentação privada e entrevistou cerca de 70 testemunhas. O resultado é um retrato completo de um herói do século xx, cidadão honorário dos Estados Unidos e do Canadá, acerca do qual os portugueses pouco sabem. «À beira da estrada, os pinheiros alcançam o céu. Aqui e ali, as peónias florescem e em alguns jardins se vislumbra a delicada flor azul e amarela que tem o mais belo de todos os nomes suecos: Förgätmigej. Não-me-esqueças.»