Crua emoção e pensado sentimento misturam-se no interior de cada ser pensante. A única diferença dos que escrevem para os que não é que os primeiros sonham imortalizar o estranho fenómeno no papel. Desse modo, amor, introspeção, depressão e até mesmo o sentimento associado ao ato de escrever fundem-se, inevitavelmente, numa obra de poesia e prosa poética escrita do ponto de vista de um homem abalado pela vida. Um jardineiro narcisista e que acredita ter fracassado na sua missão divina partilha os seus textos com o mundo para sensibilizar os que, tal como ele, se aventuraram e perderam pelo mundo da escrita, o ofício que amava, mas lentamente deixou de amar. O processo de amor e desamor são graduais ao longo da obra, permitindo aos que leem o que escreve simpatizar com o desespero do sujeito poético.