Uma narrativa ficcional que descreve o vertiginoso declínio de determinados ideários políticos. Uma selfie com Lenin, de Fernando Molica, pode ser lido como uma carta de despedida, de amor ou de desculpas. O autor conta a trajetória conflitante de um jornalista que vê seus ideais de juventude serem corroídos pelo avanço de uma estrutura política baseada na corrupção. Diante da ruína de suas convicções, o personagem narra com humor, e com certa dose de melancolia, a história de sua vida profissional e a influência que teve sobre sua vida amorosa. O livro faz, assim, um balanço das experiências compartilhadas por ele e por sua parceira, que se misturam à história política recente de nosso país, marcada por escândalos de corrupção e pelas grandes manifestações que, nos meses anteriores à Copa do Mundo de 2014, levaram milhões de pessoas às ruas.