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Primeira edição autónoma na Dom Quixote (4ª edição no total) do poema dramático Um Barco para Ítaca. Foi escrito no exílio, em Argel, e publicado em Portugal, em 1971. Foi levado à cena em 1974 por Norberto Barroca, na Casa da Comédia, e em digressão pelo país. Posteriormente, com Vasco Pereira da Costa, foi representado no Teatro Académico Gil Vicente, em Coimbra. E em muitas instituições escolares ao longo dos anos.
«Manuel Alegre, sobretudo através dos mitos, reflecte sobre os problemas do homem moderno e realça valores ainda hoje vivos, valores perenes que resistem ao passar do tempo. De modo especial sentiu-se atraído por Ulisses, pela sua contraditória ânsia de aventura e de partida, por um lado, e desejo de regresso a casa e à paz do lar, por outro. Este herói homérico, símbolo de Portugal, do povo português, encontra-se perdido em si mesmo e é preso logo que aparece; Ítaca, a pátria, sem liberdade, dominada e esbulhada, continua sem se encontrar. Daí a necessidade de um barco para os recuperar - para chegar «a Ítaca dentro de nós: tão em si mesma perdida».
José Ribeiro Ferreira in Manuel Alegre – Ulisses ou os Caminhos de Eterna Busca.