Queria ter tempo para dizer que não tenho mais tempo ou que nunca tive, teria de dizer tanto sobre tudo que a memória dormiria no balanço de uma rede a colher as folhas do outono e mostrar que o tempo se vai. Podia ficar mais um instante, mas isso é coisa dele, do jeito que se manifesta. Ouviremos o son de Marconi em nossa voz, ou faremos a vida iluminada como Edson propôs. As canções do tempo nos levam também. Queria dizer que amava porque amei ou que amo porque aprendi a amar, e que não há tempo para correr atrás de amores vazios, temos que amar o completo, o cheio, o que tem de tudo vivido um tempo de alegria, a melhor memoria. Ainda que seja bom que não nos apaixonemos por nossas fantasia, o tempo nos guia. Esse único conto é feito de vários, e esse único estado é como um ensaio, uma trama de pensar.