O homem que odiava a segunda-feira

ebook Ignácio de Loyola Brandão

By Ignácio de Loyola Brandão

cover image of O homem que odiava a segunda-feira

Sign up to save your library

With an OverDrive account, you can save your favorite libraries for at-a-glance information about availability. Find out more about OverDrive accounts.

   Not today

Find this title in Libby, the library reading app by OverDrive.

Download Libby on the App Store Download Libby on Google Play

Search for a digital library with this title

Title found at these libraries:

Library Name Distance
Loading...
Na porta da livraria, um homem distribui folhetos amarelos convidando para uma reunião. Objetivo: extinguir do calendário as segundas-feiras, esse dia nefasto no qual todos os males da semana (e da vida) começam. Prova científica? O estranho vírus denominado Monday-Monday, de sintomas incertos e amplitude universal. Mas como eliminar um dia da semana? Consultas a advogados, na tentativa de esclarecer da existência de alguma lei a respeito. Desilusões, frustrações. A segunda-feira, espécie de bode expiatório das angústias, recalques e desavenças humanas, marca com a sua presença inquietadora os cinco contos de O Homem Que Odiava a Segunda-feira. Contos absurdos (talvez não tão absurdos como o cotidiano, se bem pensarmos), situações de delírio, metáforas e alegorias da realidade, à sombra da aziaga segunda-feira. O homem que mantém diálogo com uma formiga; a caixa de correio que engole mãos; a ideia de corpos com partes removíveis, permitindo se retirar ora uma perna ora a barriga. A estranha situação de pensar e emitir sons sem qualquer sentido, como se falasse um idioma bárbaro ou estivesse sendo dublado, e a descoberta final de não entender mais a língua que falava (KersgatoiNula! KersgatoiNula!). Sátira às novas gerações, à linguagem contemporânea, incorporando estrangeirismos grotescos? Pode ser. Mais evidente é a perda da identidade e suas consequências alucinantes, em "As Cores das Bolinhas da Morte". Sátiras, humor negro, sarcasmo, revolta com o cotidiano, culpa da segunda-feira. Que seja extinta. E se a felicidade ou mesmo uma precária tranquilidade seja impossível assim mesmo, que se acabe também com a terça, a quarta, a quinta, a sexta, o sábado. Que a vida seja reduzida a um perpétuo domingo ou que tudo se acabe numa nefasta segunda-feira.
O homem que odiava a segunda-feira