A narrativa é ambientada no final do século XV e tem como cenários locais estratégicos na época das grandes navegações: a cidade de Lagos, ao sul de Portugal; a Ilha da Madeira; outros portos do mundo; e, sobretudo, em Lisboa. No auge da construção naval, a capital portuguesa é uma cidade vibrante, mas também infestada por espiões à caça de segredos da construção de caravelas e galeões. Ao mesclar ficção e história, Mare Magnum retrata os oito anos que Cristóvão Colombo (1451-1506) passa em Portugal, onde trabalha como cartógrafo, comerciante de açúcar e instrutor de navegação. Em viagens pela costa da África, o norte da Europa e o oriente, aprimora sua formação náutica e concebe seu projeto de atravessar o oceano. Tem também o primeiro filho, Diogo, nascido do casamento com Filipa Perestrelo, filha de um falecido donatário de Porto Santo e estudioso de assuntos marítimos. Colombo sela o seu destino ao travar contato com um grupo de misteriosos chineses que navegaram sob o comando do célebre almirante Zheng He. E lhe dá forma ao receber das mãos do cosmógrafo alemão Martin Behaim a miniatura do primeiro globo terrestre, apelidado de erdapfel, ou a maçã azul. Mare Magnum é a narrativa dos anos de formação de um jovem náufrago genovês que chega à costa portuguesa com um anzol cravado no pé, perdendo sangue, quase morto. Mas conquistará seu lugar na história universal como o descobridor do Novo Mundo.