A vida a dois deve ser entendida como um caminho para libertar do egoísmo e ampliar as fronteiras afetivas. Quando isso não acontece, o que está em foco são unicamente os desejos egoístas de satisfação das carências afetivas e a manipulação do outro como meio para atingir esse fim, e não mais a busca do amor recíproco. Dado Moura teve a sensibilidade de tratar o relacionamento conjugal sob uma perspectiva que não esquece a necessidade do amor que ajuda cada um a abrir-se para o outro através do encontro dos corpos, dos corações e das almas.