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escrevi qual o teu papel senão o de resistir? para que as pessoas resistam. acho que o fim é esse. escrevi para consciencializar as pessoas do que somos: resistência. escrevi com o intuito de fazer sobressair a resistência como a base de toda a condição humana e de toda a vida que a rodeia. a resistência está no rasto que deixamos, na plena origem do que somos e no avesso dos planos que fazemos. a resistência está, como nós, inata à condição em que nos encontramos. está em toda a parte. e digo-vos: há tamanha beleza primária e genuinamente nossa em resistir que vale a pena escrever o acto em si como se fosse passageiro ? mas não é. havemos de resistir sempre enquanto formos nossos. enquanto formos humanos.resistir é o verbo em torno do qual nos fazemos mover: há um pouco de nós a resistir, como numa fotografia captada, em toda a parte por onde passámos. resistir é toda a base de tudo ? de nós, do sobressalto de estar acordado, de viver continuamente, de esperar por qualquer coisa, tipo um grande amor, tipo a morte. que não nos percamos da nossa natureza. e a nossa natureza, a mais bela de todas, faz-se em alturas de combate: faz-se na resistência.