Itilia acontece em 1833. Tem vinte anos e uma enfermidade que a impede de sair do quarto onde vive. Ve o mundo da sua janela e e pela imaginac?o que vive alem do seu quarto e do seu corpo preso. Itilia transporta-nos para as experiencias de um mundo paralelo, fantasioso, criado pela personagem num folgo de sobrevivencia a um corpo que n?o responde. Por Gaia, Eduardo e Mateus, conhecemos-lhe a imaginac?o. Criou em Gaia o suporte a seu pai Raul numa especie de vers?o de si em corpo funcional. Por Eduardo teve o amor descomprometido e magico. Coube a Mateus a complexidade humana, o fogo das almas, a introspec?o e o misterio. Mateus, o amor calado de Gaia. A experiencia da enfermidade e da finitude vivida pela personagem da-nos uma outra perspetiva do que pode ser o real e do que representa a nossa propria existencia. Relembra-nos o infinito da mente humana, da imaginac?o, do acreditar e do bem-querer. E um mergulho para dentro dos nossos sonhos pelo sonhar de Itilia. E uma abordagem ao conceito de liberdade e aos poderes que ao Homem cabem alem do choro e das lamurias. E superac?o e docura. Por Raul, pai de Itilia, se conhece a aceitac?o deste imaginario mundo: e o amor e o respeito pelo fascinante mundo interno de cada homem. E a imaginac?o, sera sempre irreal?