A ESSÊNCIA DO AMOR, VOL III

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By Obra coletivo de poesia

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Prefácio 'Eu nem sequer gosto de escrever. Acontece-me às vezes estar tão desesperado que me refugio no papel como quem se esconde para chorar. E o mais estranho é arrancar da minha angústia palavras de profunda reconciliação com a vida.'. Assim dizia Eugénio de Andrade ao mortificar as sombras que a vida nos traz. A reconciliação com a vida é o encontro com o amor próprio e, a palavra escrita, não é mais do que um elo que nos liga ao universo e faz fluir esse amor que nos habita. Ao exaspero da palavra escrita, apaziguam-se os olhares sempre que a palavra liberta o sentimento, ?porque o amor, enquanto a vida nos acossa é simplesmente uma onda alta sobre as ondas?, assim acontecia em Neruda. Queremos que o amor nos transcenda e se perpetue no poema, tal como o foi no Renascimento ? um afecto platónico. Miguel Esteves Cardoso fala do amor como se o tempo o diluísse e as pessoas o tornassem impuro, ao dizer-nos que: ?O amor apouca-se e perde-se quando se dá aos dias e às pessoas. Traduz-se e deixa de ser o que é. Só na solidão permanece.? Ao fazermos emergir os poemas nas nossas colectâneas, talvez seja a forma mais sublime de amar e de o dizer nos corações de quem amamos. O nosso trabalho é fazer acontecer. O dos poetas e das poetisas, que nos orgulham em mais esta ode ao amor, é mostrarem ao mundo porque é o que amor existe. A poesia tira-nos da ?náusea? de Sartre e deste marasmo que é o insano quotidiano, onde o amor sucumbe à indiferença dos dias. Por mais desamparadas que as palavras sejam, são elas que nos colocam o passado no futuro e nos devolvem o nome das gentes sem rosto.Honoré DuCasse

A ESSÊNCIA DO AMOR, VOL III