Nos meus dias de juventude quase cada comunidade agrícola tinha seu cachorro com fama de mal, culpado pelos cordeiros mortos e perdiam milhas por quilômetros em todas as direções. Trilhavam um caminho precário entre a fome e uma morte mais súbita e violenta nas mãos de algum fazendeiro irascível que soubesse sem investigação quem havia matado sua galinha ou espancado suas ovelhas na noite anterior.
O velho cão de caça poderia estar e provavelmente estava dormindo sob um paiol de milho quando a ação sangrenta foi feita. Todavia o animal culpado apenas conseguia manter-se vivo por estar discretamente em outro lugar quando o ultrajante fazendeiro indignado chegava com fogo no olhar e segurança pegar seu bacamarte.
Talvez o astuto velho patife cão não fosse tão inofensivo quanto parecia, contudo, certamente, não era culpado por tudo. O animal simplesmente não conseguia dar a volta tão rápido. Assim sua inocência foi mais tarde parcialmente estabelecida pelo fato de que, depois de ter morrido de velhice e solidão, as depredações do curral continuaram pelo interior como antes. Então recebeu um veredicto póstumo de inocência por algumas acusações depois que já era tarde demais para lhe fazer bem.
E o que traz o adorável e velho patife de volta do passado para abanar uma cauda indagadora e procurar nossos rostos pelo sorriso de aprovação que raramente recebia e sentia tanta falta quando estava entre nós? Particularmente, da maneira como se entra no papinho sério e adequado de um jornal como esse?