Quem disse que era fácil?

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By Bernardo Ferrão; Cristina Figueiredo

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O modo como António Costa avançou para a liderança do PS, em maio de 2014, quebrando um ciclo que em condições normais só deveria terminar com as legislativas de 2015, dividiu opiniões. Foi aplaudido pelos seus apoiantes «já não era sem tempo»), condenado pelos seus opositores («chegou ao poder através de um golpe de Estado»). Mas depois de desencadeado o processo já não teve volta: Costa encarnava a esperança, trazia um novo fôlego a um PS pouco entusiasmado com António José Seguro. E essa aura «salvífica» elegeu-o candidato a primeiro-ministro, num inédito processo de primárias, com os votos de mais de 120 mil militantes e simpatizantes – número nunca antes visto numa eleição partidária. Uma vez secretário-geral do PS, porém, o que se seguiu não foi o esperado «vini, vidi, vici». Teve de superar a detenção de José Sócrates, ultrapassar os contratempos na gestão de Lisboa (nos meses em que acumulou a presidência da Câmara com a chefia do partido), fazer orelhas moucas aos que lhe criticavam a demora em apresentar propostas, lidar com o agravamento da crise grega e, depois do entusiasmo inicial com a vitória do Syriza, constatar que a rebeldia na Europa não paga dívidas. Tudo isto acompanhado por uma estratégia de comunicação anacrónica e pouco eficaz. Quem disse que era fácil?
Quem disse que era fácil?