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A gestão de empresas toca a vida de quase todas as pessoas. Porque estas gerem ou porque sofrem os efeitos das decisões de quem gere. As ideias que damos por adquiridas na gestão afetam-nos quando trabalhamos numa organização, quando corremos o risco de ser despedidos por causa de misteriosos indicadores financeiros ou quando precisamos das empresas como consumidores dos seus produtos e serviços. Acreditamos que vale a pena explorar a forma como todos nós interagimos uns com os outros quando trabalhamos numa organização. Dessa forma, poderemos chegar mais perto da realidade da gestão, levando a sério as nossas próprias experiências profissionais e refletindo sobre essas experiências. Gerir provoca ansiedade, confronta-nos com as nossas responsabilidades, as nossas dúvidas e as nossas incertezas. Ser competente ou incompetente não é indolor, é algo extremamente importante para a nossa auto-estima e até para a nossa identidade enquanto pessoas. Gerir faz-nos depender dos outros, de todas as pessoas com quem trabalhamos, e isso, muitas vezes, assusta. Talvez seja por isso que tendemos a simplificar o que é complexo, procurando receitas simples e modelos a seguir. Mas conseguiremos gerir melhor se não nos questionarmos sobre o que fazemos e porque o fazemos? Pensamos que não. É para isso que serve este livro. Para questionar a ideologia de que os fins justificam os meios. Para mostrar que confiar excessivamente nos números pode produzir precisamente o oposto do que se pretende. Para demonstrar que nada substitui a criatividade humana. E para lembrar a todos os gestores que, acima de tudo, são pessoas e que o seu trabalho é fazer sobressair o que há de melhor em outras pessoas. É verdade que a intimidação, o medo ou as ameaças produzem resultados, pelo menos durante algum tempo. Como o João Vieira da Cunha escreveu numa destas crónicas, o terror é tão eficaz nas organizações como fora delas. Mas será que a sua eficácia pode alguma vez justificar a sua utilização?