"O sorriso, essa curva simples que tudo pode endireitar, é um dos principais organizadores do psiquismo humano e uma fonte segura de recompensas pessoais e interpessoais", defende neste seu novo livro o Prof. Freitas-Magalhães, um dos maiores especialistas mundiais no estudo da expressão facial da emoção, e pioneiro no estudo científico do fenómeno do sorriso. Desde muito cedo que aprendemos que pelo sorriso conseguimos estabelecer o mecanismo da vinculação, e, daí, tirar o benefício dessa aprendizagem. Mais tarde, o sorriso deixa o seu carácter involuntário e passa a assumir a configuração voluntária, induzida e de dissimulação. Nesta fase, aprendemos a dissimular as nossas emoções com a exibição do sorriso. O sorriso é explicado como catalisador entre a tensão e a descontração, sendo o seu valor biológico inquestionável ao nível do despertar do afeto e da compreensão cognitiva. Usualmente, o sorriso está associado a sentimentos positivos, como a felicidade, o prazer, o divertimento ou a amizade. Porém, expressa também ironia, tristeza, insatisfação, desgosto e embaraço.