Esta história trata do caso de um indivíduo - a personagem principal, que descobre, em determinado momento da vida, possuir o dom da pré- cognição, passando depois por muitas experiências em que sente essa capacidade como um «dom» e outras, em que se sente alvo de uma «maldição» que não controla. No fundo, a personagem comporta-se um pouco como qualquer pessoa normal o faria. Até que no final da história, se depara com uma situação completamente surpreendente. Neste contexto, a noção Física de Tempo (relativa, de acordo com a denominada Física moderna: a Física Quântica, Teorias da Relatividade Geral e Restritas de Einstein, os trabalhos de Feynman e, mais recentemente, de S. Hawking), a qual lança sérias dúvidas ainda, sobre a natureza do tempo e sobre a criação do Universo, ou mesmo, sobre a existência de um Multiverso; é comparada com a noção biológica comum: uma linha de acontecimentos irreversíveis e consequentes entre si, com um passado bem determinado (no fundo, correspondente à noção da Física Clássica) e um futuro indeterminável. Esse contraste é aqui explorado. A história do livro pretende essencialmente, portanto, fazer pensar o leitor sobre a relatividade do Tempo e sobre outros conceitos, considerados pelos seres humanos como absolutos e bem estabelecidos. Pretende também, fazer sentir algo ao leitor - havendo uma componente, não deliberada, de romance, um contexto sentimental. Pois a história de uma pessoa comum a quem é oferecido o poder de ver o futuro é, no fundo, também um desejo comum a todos os seres humanos, mas talvez um poder a cujo preço não se poderia escapar...