Nos umbrais sombrios do reino, quando Ricardo Coração de Leão parte para a Terra Santa e seu trono fica à mercê de traidores, uma menina sobrevive ao fogo e ao aço. Lady Ailith, filha do nobre Ethelred de Durness Hold, assiste em silêncio à queda de sua linhagem, destruída pelo ambicioso barão Wulfric, que mente, mata e acusa falsamente para subir na corte do príncipe João.
Entre as ruínas do castelo, uma caixa desaparecida guarda a prova de um crime esquecido: a joia de Gytha, nobre prometida do rei, assassinada em segredo, e a adaga que selou seu destino. Ailith foge com esse segredo, protegida por Siora, uma mulher marcada pelas chamas e pelo amor. Juntas atravessam as florestas ancestrais do norte, onde a névoa sussurra nomes antigos e as pedras falam a língua dos druidas.
Na Escócia, terra indomável de clãs e honra, a jovem encontrará refúgio nos domínios do barão Aethelgar Raegard, um inglês de sangue escocês, e crescerá sob sua tutela entre o gaélico, os círculos de pedra e os ecos de um destino maior. Mas o dever chama quando Wulfric sequestra uma criança escocesa, e Ailith, num ato de coragem, arrisca a vida para salvá-lo. Assim cruza seu caminho com Brynach MacCiaran, o feroz laird dos MacCiaran, que desconfia dos ingleses, mas vê em seus olhos uma verdade que nenhum soldado poderia apagar.
Enquanto o conflito entre dever e desejo se acende, Ailith terá de decidir se revelará a verdade que pode derrubar um nobre, desencadear uma guerra... ou libertar seu povo. Entre lendas, traições e o despertar do amor, a história de Ailith e Brynach se tece como um canto antigo, onde a paixão e a justiça ardem sob os céus incertos do fim do século XII e da alvorada do século XIII.
Será seu amor forte o bastante para desafiar reis, romper juramentos... e sobreviver a uma verdade que pode destruí-los?
Poderá o amor florescer entre a sombra do passado e a chama da justiça... ou precisarão sacrificar-se para salvar o que mais amam?
Quando o coração e a honra se enfrentam, uma mulher deve forjar seu destino sem perder a si mesma... nem ao homem que pode mudar tudo.