Em uma fria manhã nova iorquina de novembro de 1953, um cientista que trabalhava na CIA com experimentos de controle mental com psicotrópicos saiu da sacada do décimo andar do Hotel Statler. ‌Tornara-se muito desiludido com o trabalho bizarro e extremamente perigoso que exercia em nome da segurança nacional. ‌Apesar do pensamento patriótico, o cientista sentia que seu trabalho era imoral e em grande parte ilegal. Embora quisesse sair, ele, infelizmente, sabia demais, e estar nessa posição é péssimo quando se trabalha para uma organização clandestina dirigida por uma versão bem americana de Josef Mengele, o Anjo da Morte. ‌O cientista insistiu em sair, e conseguiu o que queria, através da janela e fora da sacada do Hotel Statler naquela impetuosa manhã de outono em Manhattan. ‌Foi o suicídio sua solução para encerrar seu contrato com o demônio ou o demônio que o matou? Não há como responder. ‌A evidência, embora visível, é obscurecida e borrada pelo tempo e pela autopreservação dos responsáveis. Sei o que você está pensando: não no meu país, não no meu amado Estados Unidos, não na terra da valentia e da liberdade. Infelizmente, realmente aconteceu. É o tipo de coisa que ocorre quando o governo sente uma verdadeira ameaça. Os Estados Unidos têm um defeito fundamental, seu tendão de Aquiles da perspectiva e da atitude: eles falham em entender a história e seu lugar nela. Nas palavras do filósofo George Santayana: "Aqueles que não conseguem se lembrar do passado estão condenados a repeti-lo." Se você acredita que não pode acontecer aqui, eu clamo que você olhe não só o The Wall Street Putsch de 1933, como também o nome dos participantes. Talvez ache isso esclarecedor. Poderia ocorrer novamente. A América está sob o perigo de verdadeiras ameaças. Não é uma teoria da conspiração sem pé nem cabeça, é história. Minha questão é a seguinte: qua