O neologismo influenciador é recente, entretanto, é surpreendente a rapidez com a qual foi incorporado ao repertório linguístico, tornou-se banal a ponto de esquecemos que é fruto de uma história de poucos anos atrás. Não nos referimos à temporalidade dos historiadores, ela tende a ser longa e distante, mas ao próprio desenvolvimento da informática e o seu desdobramento: a Internet. O mundo digital nasce da convergência e da conveniência de interesses científicos e militares, desde o início, a partir do fim da Segunda Guerra, as pesquisas que se fazem envolvem objetivos acadêmicos e bélicos. Dentro deste contexto inventa-se o computador, a linguagem de programação das máquinas, e desenvolve-se o material técnico para garantir as operações em curso (hardware). De certa forma tudo se resume à ideia de informação, ela deve circular dentro de um ambiente o mais extenso possível. Isso implica a diferença entre o sentido e a forma das mensagens. O que interessa não é o conteúdo, mas possibilidade de reduzi-lo a um formato passível de ser tecnicamente tratado. O universo digital transforma a mídia na qual os conteúdos se materializam (escrita, som, imagem) em dígitos binários processados pela tecnologia disponível. Neste livro, Renato Ortiz faz um ensaio sobre a influência e os influenciadores no mundo digital dos dias de hoje. Sofisticado, erudito e profundo – esse livro já nasceu um clássico sobre internet na sociedade contemporânea. Sobre o autor: Renato Ortiz é professor colaborador do Programa de Pós-graduação de Sociologia da Unicamp. Bolsista Senior do CNPq. Autor de diversos livros: "A Morte Branca do Feiticeiro Negro", "Cultura Brasileira e Identidade Nacional", "A Moderna Tradição Brasileira", "Mundialização e Cultura" (Brasiliense); "Universalismo e Diversidade" (Boitempo); "O Universo do Luxo" (Alameda). Compositor: CD.