Após uma vida marcada por fracassos, solidão e memórias fragmentadas, um homem de 42 anos desperta em uma realidade onde nada mais parece se encaixar. Sua irmã, antes viva e presente em sua memória, agora está morta. As ruas da cidade mudaram, os jornais falam de eventos que ele nunca viveu, e criaturas impossíveis — uma lesma com boca em forma de estrela, uma borboleta com cabeças gêmeas, uma de carne e outra de máquina — começam a surgir em seu cotidiano como presságios de um colapso maior.

Ao tentar buscar ajuda, é declarado insano e internado à força em uma clínica psiquiátrica, onde encontra outros "loucos" — gênios silenciados, pensadores apagados, e Helena, uma jovem que, como ele, ainda ousa lembrar. Entre paredes acolchoadas, interrogatórios calculados e medicamentos entorpecentes, o protagonista descobre que a instituição é mais do que aparenta: ela é uma prisão projetada para apagar quem ousa lembrar de mundos paralelos.

Quando tudo parece perdido, a visita de um padre misterioso lhe oferece uma chave simbólica — um livro codificado e mensagens secretas escritas com tinta invisível. Resta ao protagonista fingir submissão, jogar o jogo daqueles que o vigiam, e buscar a verdade por trás do véu do "real".

"Os Dissonantes do Tempo e A Rosa do Fim do Mundo" é um mergulho psicológico e existencial onde loucura e lucidez se entrelaçam, e a pergunta mais aterradora não é "o que é real?", mas sim: "o que fizeram com a realidade para que ela parecesse tão normal?"