O autor conta histórias reais de uma existência longa, "fora da caixa", vividas pelo personagem – o Nelo, mais tarde o senhor Manuel. Nasceu pobre, teve uma infância miserável e viveu 15 anos num orfanato. Uma parte da obra relata episódios do quotidiano violento e criminoso no Seminário dos Meninos Desamparados. Com 20 anos, o Nelo pasmou-se com o colorido dos primeiros anos da democracia, feliz e saciado da fome de liberdade que nem sequer sabia existir no mundo. O autor relata acontecimentos de que o Nelo, à época, foi protagonista ou espetador. Na obra, o autor conta vivencias fantásticas do Nelo no trabalho em África. Já no inverno da vida, o senhor Manuel viajou muito e correu maratonas e meias-maratonas por esse mundo fora. O autor relata episódios experienciados pelo Nelo nas viagens pelos quatro cantos do mundo. No fim da obra, o autor relata o martírio da velhice e a via-sacra do purgatório existencial do personagem.