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Na Faixa de Gaza, os militares de Israel usaram força letal contra os manifestantes civis envolvidos na Grande Marcha do Retorno de 2018. No seu acórdão de maio de 2018, o Supremo Tribunal israelense considerou este uso da força como um acto legítimo de autodefesa. O presente artigo questiona a resposta securitária de Israel a estes protestos, numa tentativa de desmontar o discurso belicista e de apelar a uma abordagem ontológica distinta. O artigo argumenta que o projeto israelense colonial de ocupação (settler colonial) em curso racializou os corpos palestinos como uma ameaça à segurança e historiciza a política israelense de atirar a matar como um mero modo contemporâneo de se desfazer dos corpos nativos. Tal projeto inclui um novo enquadramento do conflito armado que comprime o âmbito da categoria de civil e alarga o alcance dos alvos legítimos, permitindo a morte de um maior número de palestinos de acordo com os termos da lei. O artigo designa este instrumento legal «civilidade comprimida».