Posso falar do meu pequeno mundo?

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By Paulo Berquó

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Aprender com Paulo a não ignorar o passado, tampouco fugir dele. Essa variável fundante em nossas vidas, ausência presente, aparece muitas vezes diante de nossos olhos como um reflexo do medo, do arrependimento. Pode também sussurrar ao pé dos nossos ouvidos, apoiando-se pesado sobre nossos ombros, como uma realidade que se desenrola longe da ponta dos nossos dedos: fatalmente passado, olhares, abraços, beijos, palavras, pessoas que se foram e que jamais voltarão. Torna-se assim terrível, ferramenta corrosiva, a condenação do presente e do futuro a uma realidade de anulação, coisas que não são, que não serão – como antes. Não é o que acontece em Posso falar do meu pequeno mundo?. Nesta seleção de crônicas, o Paulo Berquó do presente costura os retalhos do passado para se cobrir com o futuro. O Paulo menino dos veraneios em Torres encontra o Paulo jornalista da Porto Alegre dos anos 1990, de mãos dadas caminham na direção do Paulo vereador em seu pequeno mundo, todos olhando o céu infinito do Alegrete, todos Paulos filhos de Lenira. Fazendo das palavras bonitas de um poeta não praticante e de um letrista conhecido nas rádios de Paris uma costura robusta e requintada, vamos conhecendo, retalho após retalho, lembrança após lembrança, os olhares e as reflexões de um autor que ama a vida e busca nas lembranças e nos detalhes do cotidiano a força necessária para continuar trilhando os caminhos de um país violento, onde as perdas são cíclicas, marcas do nosso passado, presente e futuro. Posso falar do meu pequeno mundo? é um convite terno e profundo para que, debaixo das cobertas em um inverno frio que parece não ter fim, possamos reunir nossas forças, para que lembremos daqueles que estiveram e estarão sempre conosco, para que fiquemos atentos e fortes como Gal, construindo com o passado, no presente, um futuro menos sombrio.
Posso falar do meu pequeno mundo?